Infarto

            Um infarto, segundo Robbins (P. 144), é uma área de necrose isquêmica causada pela oclusão do suprimento arterial ou da drenagem venosa em algum tecido.
           Quase 99% de todos os infartos resultam de eventos trombóticos ou embólicos com oclusão arterial.
           Os infartos são classificados com base em suas cores e podem ser divididos em: vermelhos (hemorrágicos) ou brancos (isquêmicos).
  • Infarto Vermelho: Ocorre com oclusões venosas nos tecidos frouxos, como o pulmão, permitindo que o sangue seja coletado na zona infartada.
  • Infarto Branco: Ocorre com oclusões arteriais em órgãos sólidos, como o coração, em que a solidez do tecido limita a quantidade de hemorragia que possa entrar na área da necrose isquêmica.


Infarto do Miocárdio

              Infarto do Miocárdio (IM), também conhecido como ataque cardíaco, é a morte das células de uma porção do músculo do coração, em decorrência da formação de um coágulo (trombo) que interrompe, de forma súbita e intensa, o fluxo de sangue no interior da artéria coronária.
            A principal causa do infarto é a aterosclerose, processo no qual placas de gordura se desenvolvem, ao longo dos anos, no interior das artérias coronárias, criando dificuldade à passagem do sangue.



            Representação esquemática da progressão da necrose do miocárdio após oclusão da artéria coronária. O processo é denominado infarto do miocárdio, e a região do músculo necrótico é a área de infarto (Robbins, P. 607).


           A: Ruptura de placa aterosclerótica sem trombo superposto em paciente que morreu subitamente.
           B: Trombose coronariana aguda superposta a uma placa aterosclerótica com ruptura focal de capa fibrosa que desencadeou um infarto do miocárdio fatal (Robbins, P. 602).

Fatores de risco

- Tabagismo: O cigarro é o maior fator de risco para a morte cardíaca súbita.

- Colesterol: O colesterol ruim (LDL), quando em excesso, deposita-se no interior das artérias, levando à aterosclerose.

- Diabetes Mellitus: A chance de ocorrência de infarto em diabéticos é 2 a 4 vezes maior.

- Hipertensão arterial: Metade das pessoas que infartam é hipertensa.

- Obesidade: Especialmente, a obesidade abdominal (acúmulo de gordura na região da cintura) aumenta a chance de um ataque cardíaco.

- Estresse e Depressão: Além de fator de risco, quando não tratados, pioram a evolução dos pacientes após o infarto.

Sintomas

- Dor ou desconforto no peito que pode irradiar-se para as costas, mandíbula, braço esquerdo e, mais raramente, para o braço direito. A dor costuma ser intensa e prolongada, acompanhada de sensação de peso ou aperto sobre tórax. Menos frequentemente, a dor é localizada no abdome, podendo ser confundida com gastrite ou esofagite de refluxo.

- Falta de ar. Especialmente nos idosos, esse pode ser o principal sintoma do infarto.

- Outros sintomas incluem sudorese (suor em excesso), palidez e alteração dos batimentos cardíacos.

Tratamento

            O infarto é uma emergência médica. Metade das mortes por IAM ocorre nas primeiras horas após o início dos sintomas. Quanto mais precoce o tratamento, menor será o dano ao miocárdio.

Atualidades

Refrigerante Diet aumenta os riscos de infarto

     Em uma pesquisa realizada em 2010 com aproximadamente 2.500 pessoas pela Universidade de Miami, foi relacionado o risco de infartos ao consumo de refrigerantes diets. A reportagem da ABC foi feita em fevereiro de 2011 no Congresso Internacional do Derrame, em Los Angeles.
     De acordo com o estudo, pessoas que consomem refrigerante diet todos os dias, tem 61% de chances a mais de apresentar algum problema cardiovascular comparado as que não tomam refrigerantes, mesmo quando esses são fumantes, sedentários ou ingerem bebida alcoólica.

Fast food causa um terço dos infartos

       Pesquisas da Universidade McMaster, de Ontário (Canadá), sobre os hábitos alimentares de mais de 16 mil pacientes, dos quais 5.700 haviam acabado de sofrer seu primeiro infarto, indicam que dieta ruim causa quase 35% dos ataques cardíacos.
       Um estudo em 52 países mostrou que a dieta “ocidental” – à base de carne, ovos e “junk food ou fast food” – torna as pessoas mais propensas a infartos, em relação àquelas que comem mais frutas e legumes.

Infarto do Miocárdio é uma das principais causas de morte do país

            No Brasil, as doenças cardiovasculares respondem por 30% dos óbitos, e o Infarto Agudo do Miocárdio, junto com o Acidente Vascular Cerebral (AVC), mata entre 10% e 15% das suas vítimas no país.             As estimativas futuras apontam para um crescimento ainda maior de casos no país, previsto para aumentar em 250% nos próximos 50 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Internações por infarto no SUS sobem 70% em dez anos
            Entre 2000 e 2009, o número de internações por infarto nos hospitais públicos saltou de 40.143 para 68.538, um crescimento de 70%. O número de mortes em todo o país acompanhou esse aumento, mas foi bem menor, de 25% – subiu de 59.297 em 2000 para 74.538 óbitos em 2008.
Fonte: www.oliveiradimas.blogspot.com/2011/10/infarto-do-miocardio-e-uma-das.html

O número de mulheres que sofreram infarto em 2010 aumentou em relação a 2009, enquanto os homens diminuiram a insidência de ataques.
         

         

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